segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Funções protéicas

As proteínas podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função. De uma maneira geral, as proteínas desempenham nos seres vivos as seguintes funções: estrutural, enzimática, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulação sanguínea e transporte.  

Função estrutural
Estrutura dos tecidos
- Colágeno: proteína de alta resistência, encontrada na pele, nas cartilagens, nos ossos e tendões.  
- Actina o Miosina: proteínas contráteis, abundantes nos músculos, onde participam do mecanismo da contração muscular,  
- Queratina: proteína impermeabilizante encontrada na pele, no cabelo e nas unhas, Evita a dessecação, a que contribui para a adaptação do animal à vida terrestre.  
- Albumina: proteína mais abundante do sangue, relacionada com a regulação osmótica e com a viscosidade do plasma (porção líquida do sangue),  
- Elastina: proteína presente no tecido conjuntivo elástico e que tem como propriedade principal propiciar a deformidade e seu subseqüente retorno à conformação original.

Estruturas celulares
- Glicoproteínas: fazem parte das membranas celulares e atuam como receptores ou facilitam o transporte de substâncias. 
- Histonas: fazem parte dos cromossomos, auxiliando espacialmente o enrolamento do DNA (genes).

Função enzimática 
A maioria das enzimas são uma proteína. As enzimas são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas e desempenham papel fundamental na manutenção da vida, já que catalisam processos biológicos, que sem elas demorariam tempo expressivo para ocorrer. Geralmente são proteínas associadas a co-fatores. Dentre as proteínas com função enzimática podemos citar, como exemplo, as lipases - enzimas que transformam os lipídios em sua unidades constituintes, como os ácidos graxos e glicerol-, as peptidases, as polimerases, as sintetases etc.

Função hormonal 
Muitos hormônios de nosso organismo são de natureza protéica. Resumidamente, podemos caracterizar os hormônios como substâncias elaboradas pelas glândulas endócrinas e que, uma vez lançadas no sangue, vão estimular ou inibir a atividade de certos órgãos. É o caso do insulina, hormônio produzido no pâncreas e que se relaciona com e manutenção da glicemia (taxa de glicose no sangue), do glucagon que também se relaciona com a normalização da glicemia e da calcitonina, que é produzido pela tireóide e regula o metabolismo do cálcio.

Função de defesa
Existem células no organismo capazes de "reconhecer" proteínas "estranhas" que são chamadas de antígenos. Na presença dos antígenos o organismo produz proteínas de defesa, denominados anticorpos (defesa humoral). O anticorpo combina-se, quimicamente, com o antígeno, do maneira a neutralizar seu efeito. A reação antígeno-anticorpo é altamente específica, o que significa que um determinado anticorpo neutraliza apenas o antígeno responsável pela sua formação. Os anticorpos são produzidos por certas células de corpo (como os linfócitos)e  são proteínas denominadas imunoglobulinas. Além destas, algumas toxinas bacterianas, como a toxina botulínica (produzida por Clostridium botulinum, causadora do botulismo), são proteínas produzidas com o objetivo de defesa da integridade muscular.

Função nutritiva 
As proteínas servem como fontes de aminoácidos, incluindo os essenciais requeridos pelo homem. Esses aminoácidos podem, ainda, ser oxidados como fonte de energia no mecanismo respiratório. Nos ovos das aves o vitelo, material que se presta à nutrição do embrião, é particularmente rico em proteínas.  

Coagulação sanguínea 
Vários são os fatores da coagulação que possuem natureza protéica, como por exemplo: fibrinogênio, globulina anti-hemofílica, trombina etc...  

Transporte 
Pode-se citar como exemplo a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. A hemocianina transporta oxigênio no sangue dos invertebrados. A mioglobina transporta oxigênio nos músculos. As lipoproteínas transportam lipídios no sangue e os citocromos transportam elétrons no processo final da respiração celular.
É importante salientar que associado ao exercício e manutenção de tais funções protéicas está a estrutura das proteínas. Especificamente no campo médico, as proteínas com função estrutural nas células, como os receptores de membrana, são essenciais para a interação com fármacos. Tal interação é o ponto de partida para alterações fisiológicas no meio celular que irão proporcionar a eficácia terapêutica do medicamento. Dessa forma, conhecer das proteínas as funções e a estrutura que mantém a funcionalidade delas são de extrema importância.

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